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    sábado, 29 de junho de 2013

    Mecanização da cana afeta fabrica de ferramenta manual

     
    Mecanização da cana-de-açúcar afeta fábrica centenária de podões (facões) 

       O fim do corte manual da cana-de-açúcar na maior parte do Estado de São Paulo, previsto para o ano que vem, atinge um dos tradicionais fabricantes de ferramentas da região de Ribeirão Preto.
    A Saran, de Sertãozinho, que há 112 anos produz podões para o corte da cana, terá de buscar compradores em novos mercados por causa da mecanização em São Paulo.

    Um acordo firmado em 2007 entre governo, usinas e grandes plantadores de cana prevê o fim das queimadas para 2014 na maior parte dos canaviais paulistas --em áreas planas onde as máquinas podem entrar. Nas demais, o prazo final é 2017.

    Sem o fogo, o uso dos podões perde o sentido, pois os cortadores de cana que empunham a ferramenta na colheita são substituídos por máquinas. Cada colhedora substitui até cem homens.

    A presença das máquinas nos canaviais é cada vez maior: na safra de 2006, as 164 usinas e 29 associações de fornecedores de cana que assinaram o acordo agroindustrial para o fim das queimadas declararam possuir 753 colhedoras de cana.

    Na safra do último ano, o número de máquinas desse mesmo grupo de usinas e plantadores de cana passou para 2.740 unidades.

    O aumento corresponde a um investimento estimado de R$ 2 bilhões só em aquisição de máquinas colhedoras, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

    Por e-mail, Alexandre Luiz Saran Santos, um dos diretores da Saran, disse que para 2014 ainda não espera uma queda significativa na fabricação das ferramentas, pois a empresa vai atender regiões brasileiras onde não há previsão do fim do corte manual.

    Segundo Santos, até 2012 a produção dos podões para uso na colheita de cana sempre foi crescente. Já para 2013, a previsão é que os números se mantenham.

    "A produção dos podões não será encerrada. Continuaremos porque atendemos usinas e outras atividades agrícolas em todo o Brasil."


    Menos fogo
    De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em 2007, ano em que o acordo agroambiental foi firmado, apenas 47% da cana era colhida sem o uso do fogo no Estado de São Paulo.

    Na safra de 2012, esse número passou para 73%. A expectativa em 2014 é de 90%.

    Apesar de os dados apontarem para o fim da presença dos boias-frias no canavial, Santos diz que há situações em que a mão de obra do cortador é indispensável.

    Por outro lado, o corte mecanizado otimiza o processo. Com máquinas, por exemplo, as usinas têm mantido a colheita da cana à noite, algo incomum antes. Santos diz que o desafio é preparar os cortadores para esta nova etapa do processo.

    Questionado sobre o desuso de outras ferramentas, o diretor nega. "O objetivo da Saran é atender de forma personalizada. O que pode acontecer são alterações de ferramentas de acordo com a necessidade de cada parceiro."

    16/06/13
    Venceslau Borlina Filho

    Fonte: Folha de S. Paulo

    domingo, 2 de junho de 2013

    Pelo fim da "numeração especial" para máquinas agrícolas

    Em debate durante audiência pública realizada na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta última quarta-feira (29), o assessor técnico da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Leonardo Oliveira Machado, defendeu a suspensão da vigência de duas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que estabelecem “numeração especial” para máquinas agrícolas.
    A medida do Contran, explicou ele, representa um custo adicional para o produtor rural. Na prática, embora não de forma explícita, tais portarias obrigam os proprietários de máquinas e implementos agrícolas do País a pagarem uma taxa equivalente ao IPVA dos carros de passeio e caminhões.
    O deputado Marcom (PT-RS), autor do requerimento que permitiu a realização da audiência pública, lembrou que “máquina agrícola, tratores especialmente, não são veículos de passeio e representam instrumentos de trabalho dos produtores rurais, pois ninguém vai para as rodovias passear de trator”.
    Leonardo Machado destacou que, caso as medidas sejam mantidas, só com a “numeração especial”, o dono de um trator dependendo do Estado, terá um custo adicional entre R$ 360,00 a R$ 560,00 por unidade. “É uma medida burocrática e onerosa para o bolso do agricultor, especialmente o pequeno produtor”, salientou.
    O projeto de lei n.º 3.312/2012, de iniciativa do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), em tramitação no Congresso Nacional, dá uma solução definitiva para o problema ao alterar dispositivos de outro diploma legal – a Lei nº 9.503, de 1997 – alterando especificamente o artigo 115, cujo § 4º tem a seguinte redação:
    “os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de construção ou pavimentação são sujeitos, desde que lhes seja facultado transitar nas vias, ao registro e licenciamento da repartição competente, devendo receber numeração especial”.
    O projeto de lei nº 3.312 acrescenta um novo parágrafo com o objetivo de resolver a questão para os produtores rurais. A nova redação proposta:
    § 5º “o disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso bélico e aos veículos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas”.
    Para o representante da CNA o projeto atende aos interesses dos produtores, mas como a tramitação de matéria dessa natureza, na Câmara ou no Senado, é sempre demorada, ele concordou com a decisão tomada durante a audiência pública: pedir ao Governo a suspensão imediata das resoluções, pelo prazo mínimo de 90 dias, até que uma solução definitiva seja encontrada pelas partes. As resoluções, de número 429, de 12 de dezembro de 2012, e 434, de 01 de janeiro de 2013, regulamentam os procedimentos para o agricultor obter o “número especial” para máquinas agrícolas.


    Assessoria de Comunicação CNA